20100511

Beleza geométrica

No olhar felino que me fita reflecte o espelho da geometria sagrada., esta criatura bizarra em que incarnei multiplica se em formas circundantes de ausência real, rodeada enfim pelo mercúrio do imaginário plasmico em que vivo e respiro,. Transtorno insomnia resistência e libertação guiada pelos dedos virtuais do tacto pensativo, contemplo o vácuo sentido que escorrega pelas paredes. As estrelas fazem me companhia, longiquas delicias que trazem ideias puras á matéria movediça da existência corporal. Este é o veiculo da minha liberdade, uma linguagem fictícia, uma corrente, um curto circuito transfigurado pela iconografia alquimica do sonho acordado. Pensamento incessante na metade da cara, a meia sombra do espectro. Interpreto o lusco fusco como um baile de mascaras pedante, suplicante, e deixo esvanecer a vontade de ter razão. Agradeço apenas, num simples ritual íntimo o poder sonhar, aqui e agora, com o infinito. A ironia na qual tropeço, o simulácro catatónico do reconhecimento, diz me que ambiciono ser. Ser aquilo que idealizo, aquela possibilidade deslumbrante para além de tudo o que sou, para além da própria avidez de o ser. Gosto. Dessa forma, essa geometria irreal de que consiste o estímulo ultimo da inspiração. Procuro o que mais amo, o ser humano que completa a abstração volúvel dos impulsos, da fragilidade que em mim treme. A tempestade subtil que grita dentro de mim, que desperta e dança enquanto sonho, enquanto desejo sê la...

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